quinta-feira, 24 de julho de 2014

Cenários

21- Os cenários das histórias Querido diário, Estive refletindo sobre os cenários das histórias... Já fiz uma apresentação usando caixas de papelão com corações vermelhos colados. Já montei um quebra-cabeça da história, com vários objetos fixados no quadro, que as crianças iam escolhendo um a um, para que eu desse curso à história. Já preparei uma floresta, com um tapete de flores e cestas para apresentar a trama da Chapeuzinho Vermelho. Já organizei um cenário de festa de aniversário, com balões e painéis, para a história de uma menina que queria ganhar um cachorrinho de presente de aniversário. Li que seria interessante montarmos o cenário justamente enquanto contamos a história. Sabe o que me vem à cabeça agora? Pensei em utilizar as próprias crianças como partes do cenário: arvorezinhas, pássaros, estrelinhas, animais e outros. Seria bem interessante! Também li que é conveniente o contador passear pelo cenário da história, antes de a audiência estar presente, para já ir sentindo a força da narrativa, para passear pela trama. Confesso que, além disso, eu costumo pintar o cenário com as palavras, para as crianças o imaginarem comigo. Então, uso uma linguagem carregada de muitas descrições poéticas... Sabe, juntamente com o cenário, acho importante escolhermos o espaço onde vamos apresentar a história. Recentemente, durante a contação, uma criança se distraiu com um cartaz que estava atrás de mim. Ela interrompeu a atividade para me inquirir sobre ele, perdendo completamente o foco. Precisamos selecionar bem o ambiente, pois as crianças não sabem quais são os elementos que estão fazendo parte da história. É preciso um ambiente neutro para que as imagens das crianças possam se projetar sem a interferência de objetos estranhos à história. Quando conto histórias muito centradas nas ações das personagens, eu mesma crio os cenários. Já introduzi um cenário de natureza na história, com envelopes coloridos, que fazia bailarem no ar: amarelo (sol), nuvem (azul), rosa (vermelho), borboletas (verde). Essa atividade com os envelopes revelou-se muito especial, pois eu apenas sugeria os elementos naturais e permitia que a imaginação das crianças completasse o cenário. Dei o envelope vermelho para que uma criança cheirasse e não tivemos dúvidas de que estávamos diante de uma rosinha encantadora! As histórias perfumam nossas vidas de magia, emoção e sensibilidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário