quinta-feira, 24 de julho de 2014

Reconto

29- Reconto Querido diário, Estou às voltas com o conceito de “reconto”. Estudiosos sugerem que as crianças, em algumas oportunidades, recontem a história ao final da contação. Isso, basicamente, por dois motivos. Primeiro, quase nunca temos o hábito de atuar como espectadores das crianças em suas manifestações de narração de histórias. Segundo, podemos avaliar o desempenho linguístico das crianças, no que se refere à fluência, nível de vocabulário, formação de frases simples e complexas, conhecimento da estrutura da narrativa. Eles afirmam, inclusive, que se podem gravar as contações das crianças e comparar seu desempenho ao longo do ano. Já tive a oportunidade de coordenar uma atividade de reconto. Tratava-se de uma oficina de contação de histórias para crianças. Eu apresentei duas versões da fábula da cigarra e da formiga. Uma em que a formiga ajuda a cigarra e outra em que ela não ajuda. Elas votaram em qual havia gostado mais. A formiga solidária venceu. Então, pedi que elas recontassem a história. Elas sentiram dificuldades, ficaram travadas, embora houvesse figuras em cartazes para que elas se baseassem. Comecei a ajudar, fazendo perguntas. Como começa a história? Quais são as personagens? O que aconteceu? Como terminou? Além disso, dei algumas pistas. Aí, deu certo. Já aconteceu algo nesse sentido numa turma de jardim. As crianças me pediram para recontar a história. Eu propus que eles me ajudassem. Eu ia contando e eles iam completando partes da história. Na verdade, penso que sempre recontamos histórias, pois uma contação nunca é igual à outra, não é? Todo conto é um reconto!

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