quinta-feira, 24 de julho de 2014

Colegas

28- Colegas Querido diário, Ontem, prestigiei uma ciranda de histórias na biblioteca do meu bairro e fiquei encantada com a apresentação de um contador. Ele narrou algumas histórias, mas também cantou cantigas de roda e fez brincadeiras com as crianças. Elas vibravam! O contador planejou uma apresentação recheada de interação com a plateia. Ele intercalou música, história e brincadeiras. Levou uma sacola cheia de livros e apresentou cada um com ar de mistério, de encantamento. Usou palavras mágicas para dar início às histórias. O interessante é que ele usava livros para mostrar as imagens, mas não lia as tramas. Ele as tinha memorizado e só se valia do visual dos livros. Em alguns momentos, pediu silêncio e atenção, mas sem aquele tom autoritário ou sisudo (as crianças ficavam excitadíssimas com as brincadeiras). Troquei meia palavrinha com ele no final, anotei os títulos dos livros que ele usou e saí da biblioteca disposta a imitá-lo. Afinal, o cara era o máximo! Felizmente, esse desejo durou pouco. Logo compreendi que cada contador de histórias tem o seu próprio estilo e que isso é inimitável. Podemos admirar nossos colegas e nos inspirar em alguns para incrementar a nossa performance. Mas precisamos ser autênticos sempre, sempre. Aliás, nisso reside a riqueza da contação de histórias. Já imaginou vários contadores apresentando uma mesma narrativa? Eu já tive a oportunidade de ouvir a contação de uma mesma história por contadores diferentes. Um se atinha mais à oralidade, enquanto o outro usava objetos lúdicos. Cada qual me encantou de forma diferente e as plateias de ambos curtiram bastante a história. Alguns contadores dão um toque de comédia às histórias, outros dão um ar de sofisticação ou de simplicidade, há os que dão um ar de leveza ou de mistério e assim vai. Como se diz por aí, cada um é cada um... E o sol das histórias nasce para todos!

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