quinta-feira, 24 de julho de 2014

Empatia

22- A empatia Querido diário, Cada vez mais, percebo que a contação de histórias favorece a empatia. Naturalmente, nós nos colocamos no lugar das personagens da trama, compreendendo seus sentimentos e motivações, como deveríamos fazer com as pessoas com quem convivemos. Isso nos possibilita entender a nossa condição humana ou a própria natureza humana, sem uma postura de julgamento, seguida de absolvições ou condenações. De algum modo, nos transformamos em vilões e mocinhos, reis e plebeus, mestres e aprendizes, jovens e velhos, príncipes e ogros, bem como em plantas, animais, estrelas, planetas... Passeamos por povos e épocas diferentes da nossa. A cada viagem, nossa bagagem só vai aumentando. Então, vamos seguindo no trenzinho das histórias, passando pelas estações da Cultura, da Língua e da Literatura, das Artes, da História, do Folclore, tanto como da Ludicidade, da Criatividade, da Fantasia... As histórias enriquecem o patrimônio da nossa alma! Elas nos possibilitam desenvolver o senso ético e estético. Nós nos redescobrimos iguais. Nem superiores. Nem inferiores. As histórias preparam o cidadão do futuro, capaz de ler gente, capaz de cultivar gente, capaz de amar as pessoas e não se armar contra as pessoas. As crianças estabelecem naturalmente correspondências entre os contos e suas experiências, já que se espelham nas personagens. Por isso, elas passam a observar mais as questões familiares, as relações interpessoais e sociais, gerando um amadurecimento natural e benéfico. A prática de ouvir histórias favorece o desenvolvimento de valores positivos para o convívio social, como a bondade, o respeito, a solidariedade, a tolerância, a honestidade... Ao compartilhar a escuta de um conto, as crianças aprendem a importância do estar junto, do saber ouvir, do participar, do observar, do trocar... Todo contador é um encantador! E todos nós podemos ser bons companheiros, na acepção etimológica de comermos do mesmo pão. Nesse caso, o pão das histórias!

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