Conheça as aventuras de uma contadora de histórias e se encante com o maravilhoso universo da literatura infantil!...
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Oficinas
8- Exercícios de oficinas
Querido diário,
Resolvi dividir com você alguns trechos de meus exercícios do curso de contação de histórias que estou fazendo: “Durante a contação de histórias, instaura-se uma atmosfera mágica e, tanto o contador quanto a audiência, sentem-na com intensidade. Magia, fantasia, criatividade, emoção! ‘Era uma vez’ é uma maneira poética de expressar o lúdico que a contação de histórias evoca, pois brincamos com o universo: a lua vira uma bola numa contação de histórias, as estrelas viram pipas brilhantes e brincamos de pique-pega com os cometas. Contar histórias é reinventar a natureza das coisas, sabendo que o essencial é invisível aos olhos!...”
“Quando conto histórias, amanheço e anoiteço com as ousadias de meu coração-livro!
Para mim, ao contarmos histórias renascemos de nós! Sou uma caçadora de mim e me encontro e reencontro nas personagens que envolvem a contação de histórias. Eu me reconheço no brilho do olhar das crianças, cujos sorrisos são meus, cujas vozes são minhas! Contar histórias é cultivar gente, é deixar brincar nossa criança interior, é estar completamente entregue. Sim, eu me rendo e não há medo, timidez, melindre, vaidade... Só há estrelas-histórias, estrelas-livros, estrelas-crianças, estrelas-cultura, estrelas-afeto, estrelas-carinho... Cada um descobre o seu próprio brilho!... “
“Por isso, minha história de infância preferida é ‘Tristana’, do escritor Fausto Wolff, a história de uma gota d'água que não sabia ao certo o seu valor e se sentia muito pequenina diante das belezas do universo. Ela se autodescobre como parte integrante e importante da Criação. Essa é, sem dúvida, a história de muitos de nós. Como contadores de histórias, somos gotas d'água apenas, mas sem as gotas d'água não haveria os oceanos, sobretudo o oceano da Literatura e da Leitura!”
“Acredito que os “poderes mágicos” dos contadores de histórias residem na sedução pela palavra, como aquela que exerce Sherazade sobre o sultão. Encantar alguém com histórias que versam sobre o ser humano e suas aventuras, suas buscas, suas indagações, seus valores, sua vida... é adiar uma sentença de morte (a do vazio existencial) e celebrar a vida! A magia da palavra consiste em tecer fios invisíveis de tramas que se sucedem, como um tecido que, ao final, usamos para nos proteger da frieza de sentimentos, da nudez de valores. Quem conta uma história detém até o poder da cura! A cura da alma, pois ela volta a sonhar acordada, volta a acender um céu de estrelas em seu interior. Por isso, a palavra é realmente sagrada e é apresentada como tal no altar da contação de histórias, afinal toda boa história é uma prece de gratidão.”
“Como contadora de histórias, identifico-me com contadores tradicionais, como o trovador, quando estou cantando, fazendo sons, durante a contação. Quando as crianças riem com alguma cena da história que vou colorindo, sinto-me o bobo da corte. Quando estudo contação de histórias com todo meu empenho, eu me sinto como um bardo! Quando conto histórias não-autorais, sinto-me um griot... Quando conto histórias, sou várias e sempre conservo minha própria identidade, resultante do meu sonho de ser como uma biblioteca viva!...”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário